quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Ocultismo e o Tarô


          O Ocultismo é um conjunto das chamadas “Ciências Ocultas”, que estão diretamente vinculadas às manifestações das forças ocultas (metafísica) e suas relações com a natureza, com o homem e com Deus. É dentro do Ocultismo que se estuda a “ciência encoberta” ou "ciência reencoberta" (scientia occultans), ligada diretamente aos significados e funções de todo o simbolismo expresso nas lâminas do tarô.
          É do Ocultismo que se originaram e se desenvolveram todas as outras ciências veladas ou ocultas. As principais ciências do Ocultismo que resumem todo o conhecimento sobre o simbolismo expresso no tarô são quatro: a Magia, a Alquimia, a Astrologia e a Cabala.
         A Magia é entendida entre os ocultistas, como a ciência "mãe", da onde parte todas as outras. O tarô é considerado uma grande e excelente ferramenta de acesso magístico, que permite ao estudante aplicar sua força de "vontade", avançar na auto-iniciação, resolver os mistérios de sua jornada e realizar-se, tanto na esfera espiritual, como na material ou física.


         A Alquimia surgiu da necessidade de encontrar recursos metafísicos da própria natureza para o aperfeiçoamento humano. Portanto, é considerada a ciência da transmutação que ocorre nos universos do microcosmo e do macrocosmo. Com ela podemos alcançar a iluminação, a pureza, a verdade, a longevidade e a realização da chamada "Grande Obra".
         A Astrologia é a ciência que estuda as influências astrais, os fenômenos ocultos ocasionados pelas manifestações das forças celestes na Terra. No tarô, podemos apurar essas influências, entendê-las e trabalhar com elas. Neste âmbito, o tarô se torna uma poderosa ferramenta oracular de consulta e orientação.
          A Cabala é antes de tudo, um sistema hermético que compreende os caminhos da evolução e involução do homem, se traduzindo em "sabedoria". No tarô, aprendemos a interpretar as chaves do Ocultismo, decodificando o seu simbolismo. A Cabala permite ao iniciado ter acesso a esses códigos, revelando possivelmente e de acordo com sua consciência e evolução, os mistérios da vida.
           O entendimento de todo o conhecimento inerente ao tarô, como veículo da sabedoria antiga e das tradições correlacionadas, está estabelecido sob três perspectivas de percepção. Isso acontece quando o homem se relaciona com a Divindade ou com os Arquétipos, com a Humanidade ou com o próprio Homem, e a com a Natureza ou com o Mundo físico. Em analogia aos planos da existência, temos: a Divindade equivalente ao Plano Espiritual e Mental; a Humanidade equivalente ao Plano Intermediário ou Astral; a Natureza relativa ao Plano Material ou Físico. Sendo assim, houve a necessidade de estudar essas concepções para poder determinar as chaves do entendimento do oculto, através dos três princípios (a Trindade refletida) também equivalentes às seguintes perspectivas: para a Divindade, estuda-se a Teogonia; para a Humanidade, estuda-se a Androgonia; e para a Natureza, estuda-se a Cosmogonia.
         A Teogonia é o estudo ou a doutrina dos aspectos de Deus e de suas Criações, geralmente relacionados com a formação do mundo e a origem de tudo.
           A Androgonia é o estudo da origem do homem e o seu processo de involução e de evolução (processo reencarnatório), bem como suas características e definições.
             A Cosmogonia é o estudo da origem e da evolução do Universo, bem como os planos ou dimensões da existência e as suas substâncias características.
             A reunião de todo esse conhecimento inserido no tarô serve para o estudante ter um entendimento integral de tudo o que está oculto para ele, e que pode de fato, ajudá-lo a avançar em seu caminho, seja ele qual for. Portanto, o tarô é devidamente, um objeto de estudo, pesquisa, aplicação, descoberta, dedicação e desenvolvimento de todas as nossas necessidades, sejam elas, materiais, afetivas ou espirituais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário